O Iraque – Cultura
Cultura
O Iraque Moderno cobre quase a mesma área da Antiga Mesopotâmia, a qual se localizava entre os rios Tigre e Eufrates. Também chamada de Fértil Crescente, a Mesopotâmia foi um importante berço de civilizações e viu a ascensão e a queda de muitas culturas. Na Era Medieval, Iraque era o nome de uma província árabe que hoje constitui a metade sul do atual país.
Hoje, a República do Iraque, onde o Islã é a religião oficial do Estado e representa a crença de 95% da população, a maioria dos iraquianos se identifica com a cultura árabe. O segundo maior grupo cultural iraquiano são os curdos, os quais se encontram no norte do país em uma região politicamente autônoma. Os curdos ocupam as províncias de As Sulaymaniyah, Dahuk e Irbil, área chamada de Curdistão.
Artesanato
Destaca-se a arte milenar do artesanato tradicional iraquiano, do qual os melhores exemplos são os tapetes. Nas grandes cidades, mercados e bazares muito movimentados são os melhores lugares para se fazer comprar, com diversos tipos de artigos orientais. Roupas, sapatos, cosméticos, antiguidades e jóias são os principais produtos vendidos. Há inclusive mercados voltados para a venda de animais.
Literatura
Além do artesanato, os iraquianos são voltados para a literatura, tanto em prosa como em poesia. Destacam-se os escritores Nazik al-Malaaikah, Saadi Youssef, Fadhil Al-Azzawi, Mushin Al-Ramli, Salah Al-Hamdani, e Sherko Fatah.
Pintura, escultura e cinema
Na escultura e na pintura sobressaíram Khaled al-Rahhal, Jawad Salim, Akram Shukri e Hafidh al-Durubi. O cinema iraquiano se desenvolveu na década de 1940. O Estúdio de Bagdá se estabeleceu em 1948. Em 1959 surgiu a Organização Geral de Cinema e Teatro, e filmes e documentários foram realizados com o incentivo do governo. Há, portanto, uma longa tradição no cinema.
Museus
Em Bagdá há diversos museus dedicados a cultura nacional, como o Museu dos Costumes Nacionais e Folclore, o Museu da Herança Popular e o Museu de Bagdá com ricos acervos de artesanato, mapas, pinturas, vestuário e cenas da vida cotidiana. Para saber mais sobre o Museu de Bagdá, acesse http://www.baghdadmuseum.org
Culinária
A culinária iraquiana foi tradicionalmente desenvolvida desde a antiguidade na Mesopotâmia (Sumer, Akkad, Babilônia, Assíria) e é considerada uma das mais antigas do mundo. Confira alguns dos pratos típicos do Iraque:
Marag: cozido de feijões chamados fasoolia com carne
Masgouf: prato feito com um peixe do Tigre. O peixe é aberto e recheado com tamarindo, pimenta e condimentos.
Música e dança
A música tradicional do Iraque é integrada por instrumentos como flautas, violinos, tambores e tamborins. No entanto, há muitos novos artistas na música pop, no rap e outros gêneros. Umm Kulthum e Fairouz são duas renomadas cantoras, muito conhecidas por suas vozes. A própria guitarra moderna é uma evolução da guitarra antiga iraquiana. A dança mais conhecida é a do ventre, não se esquecendo das danças típicas e folclóricas.
Festas
No tocante às festas iraquianas, há predominância da mistura de religiões:
Muçulmanos: comemoram o fim do jejum do Ramadã, mês em que acredita-se que o Alcorão foi enviado do Céu como uma orientação aos homens e meio para sua salvação.
Curdos: comemoram o Nowruz, que é a recepção da primavera e o início do Ano Novo curdo e persa.
Vestuário
O Iraque é um país aberto e as roupas usadas são normais.
Curdos: usam uma calça larga, camisa e faixa na cintura.
Dishdasha: espécie de vestido que os homens usam com um turbante.
Abaia: tipo de burca que as mulheres usam, mas sem fechar o rosto.